sexta-feira, 2 de abril de 2010

O dia em que o Maracanã chorou!

É com pesar que presto essa homenagem, atrasada, ao mestre do jornalismo esportivo, Armando Nogueira. Sei que já tomei “furo de reportagem” de todos os veículos de comunicação do Brasil, mas isso pouco importa quando o que está em jogo é a preservação de um legado que contribuiu para o fortalecimento da paixão de milhões de pessoas pelo esporte, em particular pelo futebol.

Tudo aconteceu na segunda-feira, 29 de março de 2010. Dia em que os torcedores do Esporte Clube Bahia comemoravam o 50° ano da conquista da Taça Brasil em cima do Santos de Pelé. Era para ser um dia de festa, mas não foi. “O jornalista Armando Nogueira morreu na manhã desta segunda-feira, em seu apartamento, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A causa da morte foi um câncer no cérebro”. Essa notícia entristeceu centenas de jogadores, torcedores, jornalistas e adeptos do mundo esportivo.

Nada era como antes. Parecia que os elementos (Bola, apito, bandeirinha) do futebol não tinham o mesmo brilho, a mesma força de representação. Tudo parecia sem sentido, pois não existiam mais as palavras do mestre Nogueira para colorir e abrilhantar o espetáculo do futebol. O corpo do “poeta esportivo” foi velado na Tribuna de Honra do estádio Mário Filho, o Maracanã, que “chorou” ao saber que seria palco de uma partida sem volta.

Luto. Essa foi a palavra de ordem da semana que, por incrível que pareça, era santa. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, determinou luto oficial de três dias para o futebol brasileiro. Foi uma homenagem mais do que justa ao “Santo das Palavras” que tinha o dom de escrever e eternizar, de maneira única, os momentos do esporte.

Tu em campo, que encanto! Eras um só, Armando Nogueira.

1 Comentários:

Às 6 de abril de 2010 às 21:45 , Anonymous Anônimo disse...

Rapaz, gostei de vê... Cirilo, bacana o texto. Infelizmente a vida é assim. Mas ele (Nogueira) ensinou a todos como é que se trata de um texto ou crônica sobre o esporte, do futebol principalmente, como deve ser feitas as matérias, de forma suave. Como nos gramados do mundo afora... "através da tabelinha, até chega o gol". O melhor do texto foi quando você trouxe uma, das várias crônicas do autor: "Tu em campo, que encanto! Eras um só", Armando Nogueira.

Emerson Jorge

 

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